13 November 2006
30 October 2006
Jornalismo do cidadão
aren’t more journalists bloggers? “. (2)
Labels: Online 2º ano
03 October 2006
Público em Revista

Dizer-se que o jornalismo online português deixa muito a desejar começa a tornar-se num cliché. Ainda assim, por muito gastas que já estejam as palavras, o facto é que deixa mesmo muito a desejar. O jornalismo online em Portugal já nasceu com barbas, que herdou da imprensa escrita. A lógica do "jornalismo de papel" passa impune para as páginas online. As potencialidades do campo informativo online continuam a ser ignoradas, os sites criados são encarados como meros depositários da imprensa escrita.

O site do jornal Público foi recentemente reformulado. Um design mais atractivo e adequado ao meio online, bastante diferente do que conhecemos deste jornal impresso, é o principal factor a destacar deste "novo" Público. Além disso, podemos destacar uma navegabilidade mais simplificada e acessível, bem como uma razoável quantidade de links e temas. À primeira vista, o site quase merece um "satisfaz bastante".
À primeira vista, disse bem. De facto a navegabilidade e o design satisfazem bastante, mas o site, tal como a grande maioria dos sites portugueses, fica muito, mas muito além do alcançado pelos seus congéneres estrangeiros. A multimedialidade é uma distante miragem, uma vez que de vídeos e registos sonoros nem sinal. O site fica-se pelas imagens (poucas) e por um ou outro gráfico ilustrativo em temas como economia. Na minha óptica, o site adquire um carácter demasiado estático, bi-dimensional. Embora, como já referi, o design seja atractivo, após algum tempo de navegação todo o "fogo de vista" da primeira página revela-se uma ilusão "para inglês ver". A forma mudou, mas o conteúdo mantém-se. Não era esta a mudança esperada.
Apesar de, como já referido, o Público se ter limitado a alterar a forma, estando o conteúdo ainda muito longe do desejado, é de louvar o passo dado. Revela uma grande preocupação com a intercatividade, ao disponibilizar uma pluralidade de blogs, inquéritos, e ao pôr término ao sistema de assinaturas; atreve-se a copiar os grandes - ainda que só relativamente ao layout e ao design -, cujo exemplo poderá vir a seguir no que respeita à construção, contextualização e apresentação dos conteúdos, e ainda à recorrência a profissionais do ramo e à inclusão de meios audiovisuais no site.
Esta "mudança" foi um pequeno passo no enorme percurso que o jornalismo online português tem ainda que percorrer. E não ignoramos o carácter eminentemente comercial que lhe é inerente. A estratégia de marketing é quase óbvia, especialmente quando o site disponibiliza integralmente a versão impressa online. O Público quer converter os resistentes e conquistar os convertidos. Pode até conquistar os resistentes, mas dificilmente conseguirá enganar os convertidos ao jornalismo online de qualidade. Não enquanto não passar das mudanças no meramente estéticas para o que realmente interessa, que é a formulação e apresentação adequada dos conteúdos. Tendo isto em conta, resta-nos esperar que, mais uma vez, a publicidade e o marketing sejam os motores de uma mudança que a imprensa nacional se recusa a protagonizar.
A título conclusivo e sem me perder em divagações resta-me dizer que, tendo em conta o universo de jornais online nacionais, o Público apresenta, de facto, uma qualidade acima da média. Ainda assim não satisfaz. Pelo menos não quem consome jornalismo online de qualidade.
Labels: Online 2º ano
02 October 2006
Winners

Costuma-se dizer que o que é bom sempre acaba e este ano o que acabou foi a boa vida. Desta vez coube-nos fazer de jurí e eleger, na nossa ainda leiga opinião, um jornal online vencedor de entre os finalistas de várias categorias.
No que respeita à primeira, "General Excellence in Online Journalism", achei por bem premiar o site do USA Today. Tendo em conta os critérios de avaliação que nos serviram de base nesta tarefa - design, usabilidade, multimedialidade, interactividade, hipertextualidade -, este site é o que se revela mais completo, obtendo, em cada um dos critérios, uma classificação positiva, apesar de não ser especialmente brilhante em nenhum deles. Digamos que é o site mais coerente, o que melhor preenche a pluralidade de requisitos a que o submetemos para esta avaliação.
Para a segunda categoria, "Breaking News", elegi o Nola. Confesso que não explorei exaustivamente o conteúdo informativo, mas, de todos os finalistas desta categoria,destaco o Nola por ter conseguido distribuir um conteúdo informativo tão vasto de um modo tão cativante. Ao clicarmos num dado dia dos meses de Agosto, Setembro, Outubro e Novembro, temos acesso a notícias desse mesmo dia respeitantes ao Katrina - em edição online e em edição impressa. O site permite uma navegação orientada e até uma reconstrução cronológica dos factos. Não sobrecarrega visulamente o internauta e ao mesmo tempo põe ao seu dispor toda a informação sobre o tema. Penso que é de louvar a singularidade desta apresentação.
MSNBC foi o site que elegi para a terceira categoria, "Outstanding use of Multiple Media". Os motivos vão muito além da simples presença de registos de vídeo de 360º. No site MSNBC a informação é literalmente traduzida em imagens e som, e os diferentes meios (audio, vídeo e imagem) interagem entre si para nos dar um retrato fiel da passagem do Katrina por Nova Orleães. Enquanto os restantes sites tendem a utilizar os diferentes meios mais isoladamente ou, por assim dizer, de um modo mais rudimentar e simplista, o MSNBC vai muito além e orquestra-os com incrível mestria, mostrando como som, vídeo e imagem se podem tornar num todo indivisível para a fruição da informação.
Last, but not least, resta-me atribuir um vencedor para a categoria " Student Journalism". Chassing Crusue foi a minha escolha. Embora tenha apreciado muito a delicadeza do layout do The Ancient Way, o conteúdo do My Blue Eyed Girl e o profissionalismo e qualidade patentes na abordagem de Rezoned2006, Chassing Crusue é, no mínimo, apelativo. Embora o tema não seja por si só o mais interessante do ponto de vista jornalístico- nesse caso o prémio seria decididamente de Rezoned2006 -, a excelente qualidade gráfica do site valeu-lhe esta humilde vitória.
E pronto, são estes os meus vencedores. Agora só me resta aguardar e ver a quantas léguas fiquei da realidade...
Labels: Online 2º ano
26 May 2006

Há coisas que nunca mudam...
Numa altura em que Portugal se disfarça de país cosmopolita - e como nós muitos outros -, com as senhoras a ler a Vogue e os senhores a desfolharem confortavelmente o Expresso nos cafés ao domingo, afirmando-se todos muito in, muito modernos, é de estranhar com há certa coisas que nunca mudam.
Neste erudito e vanguardista ambiente que se vive, não fica bem dizer que se é racista, contra a homossexualidade ou a vinda de emigrantes de Leste. No Portugal de ilusões é contraproducente ser intolerante, não nos fica bem no currículo social. Tentamos não olhar de soslaio a senhora senegalesa de longas tranças que nos pede informações ou o ucraniano que vemos à porta do Gabinetre de Apoio ao Emigrante. Escolhemos aceitar que dois homens - ou duas mulheres - se amem e, com jeitinho, até fingimos não reparar neles quando se beijam em público.
Até aqui tudo muito bem. E quando um casal homossexual decide celebrar o seu amor numa união para toda a vida? Os telhados de vidro quebram-se. Recuamos quarenta anos no tempo, franzimos gravemente o sobrolho e dizemos que a Igreja é sagrada, que o casamento é sagrado e que essa gente não tem nada que se casar porque isso não é normal.
E o que é normal? Jurarmos amor eterno e união para toda a vida num altar recheado de flores e divorciármo-nos no ano a seguir? É termos relações sexuais sem qualquer tipo de precaução e irmos parar `a Igreja para casar à pressa com o primeiro que aparecer? É normal vivermos iludidos e consumirmos relações à velocidade da luz para terminarmos sozinhos, infelizes, frustrados, lamentando nunca ter amado a sério?
Normal é que haja amor, compreensão e carinho. Que as pessoas se amem verdadeiramente e tenham o direito a celebrar eo maravilhoso sentimento que as une, sejam elas homossexuais, amarelas, azuis, o que queiram. Se toleramos que duas pessoas do mesmo sexo se amem, qual é o problema de quererem oficializar esse amor? A Igreja não deixa? Quem se quer casar numa instituição hipócrita, cujo ínico atractivo é o altar decorado com o santo padre da paróquia à cabeça? Mas que deixem os Governos.
Casem-se pelo civil, façam uma cerimónia tibetana, mas amem-se! Do que este país e, mais, este mundo precisam é de amor, não de juízos de valor ou opiniões ocas. O mundo precisa do amor que surge em múltiplas formas, todas elas bem-vindas.
Labels: Extra aula
05 May 2006

Frida Kahlo
"Acreditavam que eu era surrealista, mas não o era. Nunca pintei meus sonhos. Pintei minha própria realidade “. São frases como esta que celebram a pintora mexicana. Quando exala o seu último suspiro, no ano de 1954 na Casa Azul, Frida despede-se de uma vida trágica, que perante a partida do seu corpo se eterniza nos seus quadros. A vida sempre se encarregara de a desiludir. Frida morre cansada, cansada das dores, das infidelidades do marido, dos inúmeros relacionamentos amorosos que manteve com diversas figuras públicas, da incapacidade de ter filhos. Apesar do álcool e dos medicamentos, quanto mais avança na vida menos o seu corpo tem vontade de continuar. O sofrimento de Frida é agudo, dividido entre um optimismo relapso e a negra consciência da infelicidade que a assola.
A pomba cedo tenta voar. A poliomielite e um acidente com um autocarro roubam-lhe as asas, pelo que Frida descobre na pintura a arena perfeita para voar em segurança. Quando Diego a conquista, nem imagina o sofrimento que esse amor traria. As traições do elefante embrenham-na numa autêntica colecção de amantes, que Frida vai consumindo. A pintura continua a ser o espaço puro, alheio à poluição da vida. Os dois abortos que sofre durante a sua estadia nos E.U.A. provocam-lhe um desprezo por tudo e as saudades do México que celebra nos seus quadros.
O divórcio chega e Frida quase desespera, até que um ano depois, numa altura em que a morte já ensombra os seus quadros, o marido volta a propô-la em casamento. Diego sempre impedira Frida de se suicidar, receando talvez viver sem ela.
Antes de morrer, Frida Kahlo, pintora mexicana nascida a 6 de Junho de 1907, que desde cedo apoiou causas revolucionárias e cuja pintura lhe legou o reconhecimento internacional ainda em vida, despede-se do mundo que prefer esquecer: “espero alegremente a saída – e espero nunca mais voltar”.
Labels: Online 1º ano

Marcação de consultas pela Internet no Santa Maria
Já é possível, desde ontem, marcar consultas e alguns exames médicos no hospital Santa Maria através da Internet. Os utentes têm apenas de preencher um formulário electrónico no site do hospital ( www.hsm.min-saude.pt ), sendo a hora e data confirmadas via sms.
Este novo serviço, anunciado ontem pelo Minstro da Saúde, insere-se na recém-anunciada reforma do Estado (Simplex 2006) e deverá ser alargado a mais quatro hospitais até ao final do ano.Espera-se que permita gerir melhor as listas de espera e as vagas e aumentar a eficácia dos serviços do hospital.
A marcação electrónica de consultas e exames no Santa Maria poderá ser feita através dos centros de saúde (por enquanto apenas o de Loures e o de Alvalade) ou pelos próprios utentes. Até ao final do ano o modelko estender-se-á a oubtros quatro contros, beneficiando cerca de 360 mil utentes.
Os utilizadores do serviço podem escolher o período mais conveniente para a realização das consultas e exames, desde que o façam com um mínimo de 30 dias de antecedência. O Call-Center do hospital enviará depois uma sms a confirmar a existência de vagas, o dia e a hora, ao que o utente apenas tem de responder sim ou não.
Para quem não tiver telemóvel ou acesso à internet, mantém-se o sistema de marcação tradicional por fax ou telefone. O mesmo se aplica às especialidades que este serviço não cobre- por enquanto só está disponível para 18 especialidades clínicas.
Principais sites:
http://www.dgs.pt/
http://www.portugal.gov.pt/Portal/PT/Governos/Governos_Constitucionais/GC17/Ministerios/MS/
http://www.acs.min-saude.pt/acs
http://www.mni.pt/destaques/
Blogues:
http://saudesa.blogspot.com/
http://raim.blogspot.com/
http://bibliotequices.blogspot.com/2006/03/simplex2006.html
Newsletters
http://www.mni.pt/newsletter/index.php
Labels: Online 1º ano

A grande atracção dos blogs é o facto de permitirem a quem os visita deixar a sua opinião acerca da página. O blog é por isso uma página interactiva, permitindo ao dono do blog ( blogger) interagir com os visitantes da sua página.
Associado ao blog surge toda uma linguagem que lhe é comum: blogger, que é o autor do blog; posts, que são os textos que o autor vai publicando; taggboard, que é o local onde os visitantes podem deixar os seus comentários.
RSS: ou Really Simple Syndication, éuma tecnologia que permite aos utilizadores da Internet aceder rapidamente às actualizações realizadas em determinados sites, através de um outro programa denominado Feed. O RSS permite que, por exemplo, um site de notícias possa disponibilizar actualizações permanentes das novas manchetes aos seus leitores, sem que estes tenham de visitar o site para ter conhecimento delas: graças ao programa feed instalado no seu computador, cada utilizador recebe apenas as partes do site que foram actualizadas.
Para beneficiar do RSS é portanto necessário um programa chamado Feed (ou agregador), cuja função é a de reunir várias páginas habilitadas com RSS, escolhidas pelo utilizador. Graças a este programa, podemos receber no nosso computador actualizações de diferentes sites ( desde que providos de RSS). Este programa pode ser retirado gratuitamente da Internet, e o seu funcionamento assemelha-se ao de um leitor de e-mail.
WIKIS: é uma colecção/conjunto de páginas de web interligadas entre si através de uma linguagem muito simples, que além de poderem ser visitadas, como qualquer outra página da Web, podem ainda ser editadas pelos seus visitantes.
Exemplos de wikis são, por exemplo, as enciclopédias virtuais como a wikipédia: englobam inúmeras páginas, às quais se pode aceder através de um índice, ou através das muitas ligações existentes em cada página, que permitem uma navegação personalizada e não-linear. Além disso, é possível aos visitantes acrescentar directamente textos às páginas existentes, permitindo uma grande interactividade, a edição colectiva e a expansão permanente do site. Num wiki todos podem contribuir para a sua formação.
PODCASTING: é uma forma de publicação de programas de áudio, vídeo e fotos na Web que permite aos utilizadores estarem a par da sua actualização, pois dispõe do sistema RSS. Graças a este sistema, podemos ouvir a qualquer hora do dia o programa de rádio ou música favoritos a qualquer hora do dia, pois o computador descarrega-os automaticamente.
Os programas e arquivos gravados em formato digital (mp3, aac e ogg) são armazenados num servidor de Internet e, através do feed RSS as actualizações dos mesmos e novos programas são automaticamente enviados para os diversos utilizadores.
Labels: Online 1º ano